Obras de Contenção
Obras de contenção são estruturas cujo objetivo é conter maciços de solo, água ou até mesmo rejeitos. Elas são dimensionadas para suportar pressões laterais e sobrecargas, evitando a ruptura dos maciços pelo seu próprio peso ou por carregamentos externos.
Tipos de estruturas de contenção
De maneira geral, é possível categorizar as obras de contenção de duas maneiras:
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Rígidas;
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Flexíveis.
Estruturas de contenção rígidas
Materiais que não aceitam qualquer tipo de deformação (caso, por exemplo, do concreto ciclópico) constituem as estruturas de contenção rígidas.
Dentre as limitações técnicas e de aplicação dessas estruturas, estão:
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Exigência de bom terreno de fundação (não aceitam recalques ou assentamentos);
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Necessidade de um sistema de drenagem eficiente;
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O fato de que, em geral, o aterro não pode ser feito antes da conclusão total da estrutura.
Estruturas flexíveis
Materiais deformáveis formam estruturas de contenção flexíveis.
Dentro de limites aceitáveis, essas estruturas podem se adaptar a acomodações e movimentos do terreno e continuar estáveis e eficientes. Entre as estruturas flexíveis estão gabiões e blocos articulados.
Técnicas de estruturas de contenção
1) Solo grampeado
Essa é uma técnica de reforço de solos em que se empregam inclusões semirrígidas no solo.
O solo grampeado é bastante prático e comprovadamente eficiente para a estabilização de taludes de escavações através do reforço do solo “in situ”.
Consiste em um reforço obtido através da inclusão de elementos resistentes à flexão composta, denominados grampos. Os grampos são instalados sub-horizontalmente. Assim, introduzem esforços resistentes de tração e cisalhamento.
2) Terra armada
O muro em terra armada, técnica também conhecida como solo armado ou reforçado, é uma estrutura de contenção flexível, comumente associada a aterro selecionado e compactado, itens lineares reforçados submetidos à tração e também a elementos modulares fabricados em revestimentos.
Geralmente, utiliza-se esse tipo de estrutura de contenção em obras rodoviárias, ferroviárias e industriais. Esse método consiste em aumentar a capacidade do solo para resistir à tração interna, através da colocação de elementos de amarração que fazem a distribuição destes esforços.
3) Muro de arrimo por gravidade
Essa é a solução estrutural mais antiga. Além disso, por ser relativamente barata e não exigir mão de obra especializada, também é uma das mais comuns.
Essa estrutura é executada junto a um talude (inclusive de aterro). Depois, o espaço vazio entre o muro e o talude é preenchido com solo, estabelecendo uma continuidade entre ambos.
Os muros por gravidade resistem ao empuxo do terreno por efeito do seu próprio peso. Isso faz com que surja uma força de atrito na sua interface com o solo, que evita o deslizamento e impede o seu desmoronamento. Sendo assim, esses muros devem ser pesados e de grandes dimensões.
4) Muros de arrimo por flexão
Muros de arrimo por flexão agem como os muros convencionais, tendo a mesma proporção entre base e altura. Geralmente são aplicados em aterros ou reaterro, pois necessitam de peso extra.
O muro de flexão conta com uma laje de fundo e outra vertical. São estruturas mais esbeltas, com seção transversal em forma de “L” que resistem aos empuxos por flexão. A laje da base apresenta, em geral, largura entre 50 e 70% da altura do muro.
5) Gabiões
Os muros de gabiões funcionam como os muros de arrimo. São constituídos por gaiolas metálicas preenchidas com pedras britadas, arrumadas manualmente e construídas com fios de aço galvanizado em malha hexagonal com dupla torção. Essa configuração garante que a estrutura seja drenável.
Como escolher o melhor tipo de estrutura de contenção para sua obra
A escolha do tipo de estrutura de contenção ideal leva em conta diferentes fatores, como, por exemplo:
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Físicos – Altura da estrutura, espaço disponível para sua implantação, dificuldade de acesso, sobrecargas etc.
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Geotécnicos – Tipo de solo a conter, presença de lençol freático, capacidade de suporte do solo de apoio etc.
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Econômicos – Disponibilidade de materiais e de mão de obra qualificada para a construção da estrutura, tempo de execução, clima local, custo final da estrutura etc.
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